Numa “
nota pastoral sobre a visita do Papa Bento XVI a Portugal”, divulgada no final da reunião do conselho permanente da
Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) realizada hoje em
Fátima, os bispos consideram que esta é uma oportunidade para “fortalecer a unidade, através de um projeto pastoral comum, acolhido por todas as comunidades, com o intuito de poder responder às alterações civilizacionais em que vivemos”.
“O Papa vem para os católicos, mas também para todos, ninguém é excluído”, disse o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, sublinhando que o Papa “é um profeta da paz, da solidariedade e da justiça, causas profundamente humanas que ultrapassam em muito as fronteiras da Igreja”.
“A visita do Papa não é apenas a Lisboa, a Fátima ao Porto, mas a todo o Portugal, a todos os portugueses e também aos nossos irmãos imigrantes que trabalham e convivem connosco. O Papa a todos quer saudar, independentemente do seu credo ou da sua ideologia”, afirma a nota.
Para Manuel Morujão, que afirmou estarem em curso conversações com o Governo para a facilitação da participação das populações (nomeadamente para a concessão de tolerância de ponto, mesmo que por zonas de visita), a presença física nas cerimónias “significará a partilha de ideais, de comunhão com a Igreja Universal e com os valores que a Igreja defende”.
Na nota pastoral, os bispos sublinham que a visita de Bento XVI a Portugal “deve ser preparada condignamente, não apenas no brilho exterior e no ambiente festivo, mas sobretudo no horizonte da fé, da construção da unidade eclesial e de uma sociedade mais justa e mais fraterna”.
Para a CEP, a visita de Bento XVI a Portugal deverá reavivar a fé, dando às comunidades “um rosto missionário”.
Manuel Morujão disse aos jornalistas que a CEP decidiu convidar os presidentes das conferências episcopais dos países “onde se exerce esse rosto missionário”, ou seja, dos países africanos de língua oficial portuguesa, de Brasil e de Timor, bem como o patriarca de Goa, para acompanharem a visita do Papa, que decorrerá de 11 a 14 de maio.
A nota apela ainda à dinamização da esperança, para “abrir caminhos de solução às dificuldades e crises que a sociedade atravessa”, e a um revigorar da caridade, “como resposta aos dramas da sociedade”, apontando como exemplo “a grande resposta” dos portugueses aos dramas do Haiti e da Madeira e agora do Chile.
Fonte: http://www.destak.pt/artigo/55585
Página Oficial da Visita Papal a Portugal